quarta-feira, 1 de outubro de 2008

AS SOMBRAS NA ARTE


Por Vera Melim

A imaterialidade das sombras produzem experiências estéticas enigmáticas e intrigantes.
Na relação conceito-sombra, vista do ponto de vista particular de cada expectador, ela se transforma e se agiganta em imagens mentais. Assim com a sombra projetada na matéria, transforma, deforma e agiganta a imagem da realidade, na mente do público expectador ela atinge dimensões insuspeitadas. Produzem emoções antagônicas. Experiências estéticas híbridas: do belo ao feio; do real ao irreal; do grotesco ao sublime; do estranhamento ao contextualizado... É a arte em campo expandido, ampliando suas perspectivas de leitura e apropriação, na construção de novos significados. Desperta a criatividade nata em cada observador ativo. E nesse caso, a arte rompe com mais um paradigma: o de “ser artista”!
Trabalhar com as possibilidades significativas das sombras, é exercer o poder da magia. É colocar-se diante do ilimitado...! É aprender uma nova linguagem e transcender nas técnicas.
Associada às possibilidades tecnológicas contemporâneas - imagens fotográficas, estáticas e móveis, em publicações atemporais na web,etc. - as sombras do fazer artístico, ganham um status ainda mais amplo e significativo. Tantos signos, só podem ser compreendidos em sua totalidade, por quem cria e produz; por quem frui indo a fundo na busca dos significados contidos e por quem acompanha o processo do fazer... que nem sempre é feito apenas de prazer!

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